A religião, a religiosidade e a
espiritualidade são formas de não deixar a vida se apequenar. È verdade que
muitas pessoas dizem que não possuem religião, mas que tem religiosidade;
colocação coerente, quando verdadeira. A religião, em minha opinião, requer uma
ordem, um grupo, com ritualísticas, que concordam com caminhos comuns traçados
para se ligarem ao que, para elas é sobrenatural; já os que possuem uma
religiosidade, não precisam, necessariamente, estarem em uma ordem comum, ou,
organização; elas procuram, por si, uma conexão com que entendem e acreditam
ser da ordem não natural; vivem compartilhando o bem com seus pares e amando
sem interesse de retorno, etc. Com isso sacralizam suas existências e a elas dão
sentidos. Em suma, não estão organizadas em instituições, criam seus próprios
ritos de conexão com o que é belo e “superior”.
Desde os primórdios das
narrativas históricas, até onde os estudiosos conseguiram chegar, a primeira
forma de conexão entre o natural e algo que vai além da matéria, se dava dentro
da ideia da religiosidade, não se falava de religião no sentido que hoje
conhecemos. As pessoas se conectavam com o cosmos,
integrando-se em átomos que geravam
energia e mantinham a ordem natural.
No entanto, existem algumas
perguntas que tais ordens ou grupos tentam responder e que ecoam desde que o
homem se concebe como ser dotado de razão: quem sou eu? De onde vim? Para onde
vou? Por que estou aqui? , e por aí vai... São tais questões estridentes que
precisam de respostas para que a vida não se apequene. As respostas hoje, ou
desde muito, procuram ser respondidas pela ciência, religião, arte e filosofia.
Então, procure uma dessas vias e não subtraia a sua existência, o tempo de
encontro com as resposta urge! Agradeça, de qualquer forma, a dádiva da vida
que lhe foi conferida, mesmo que seja ela repleta de sinuosidades.
M.a