domingo, 30 de setembro de 2012

Nada conheço


Não conheço ironia, nem de boca torta você me rir
Calma, caminho pisando em nuvens e me guardando do teu olhar de lince
Passa por mim o tempo que nem sequer me abana
Do tempo procuro desviar o destino, caminho rumo ao sem fim de nós
Cada passo marca uma primavera que se foi, perdida no horizonte da estrada percorrida e esgotada de falso pendor
Não entendo a insensatez dos dias não vividos, assim enxugo
teu pranto e recolho teus sonhos. acalanto tua alma e faço adormecer tua coragem
Casta, amorfa e imune de teus sentimentos, te protejo da falta de vontade que se me assola alma.
Belisco o que em mim é adormecido, repouso nos dias escuros e levanto para me lavar na chuva de dúvidas que me purifica.
Não concordo com o tempo quando lento ele se faz, nada tem cheiro, nada tem cor, se o tempo repousa
No caminho as árvores não florescem, não dão sementes, não dão frutos...no entano, são vivas, não há a morte.
Opostos são necessários para que saias incólume.
Tua mentira me finge que engana
Eu suporto as palavras pelo avesso, pelo avesso me conformo e reformo-me
Nada de drama, a vida não é uma ópera bufa
Os risos são encobertos por pontos vermelhos que pintam as faces
e escondem as lágrimas secas
Tem fim.

M.a